Ministério da saúde diz que vacinas para crianças até 4 anos estão esgotadas
Governo negocia antecipar remessas previstas para o fim do mês
Segundo Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Meio Ambiente do Ministério da Saúde, foi suspenso o embargo do governo federal à vacinação pediátrica contra a covid-19 para crianças de até quatro anos. afirmou que o governo negocia a antecipação dos pagamentos previstos para o final de janeiro.
Ela disse que já conversou com a Pfizer, única empresa que fabrica vacinas para crianças de seis meses a três anos, para discutir a possibilidade de antecipar os embarques. Nós vamos consertar isso, disse Ethel.
Ela estima que 3,2 milhões de doses serão enviadas ao público entre seis meses e quatro anos, e outros 4,5 milhões de doses serão enviadas ao público entre quatro e onze anos.
Outra vacina pediátrica contra a COVID-19 aprovada para crianças menores é a Coranovac, produzida pelo Instituto Butantã, e é administrada a partir dos três anos. No entanto, o secretário disse que o contrato com a instituição havia sido suspenso pela gestão anterior do Ministério da Saúde e seria retomado em breve.
Vacinação de adultos
Também hoje, um secretário divulgou que o Ministério da Saúde está com excesso de vacinas contra a Covid-19 para adultos e que pretende regularizar a disponibilização de doses em conjunto com as secretarias estaduais e municipais dos conselhos de saúde.
Apesar de o governo federal ter uma série de poderes expressivos, há situações como a do Rio de Janeiro, que anunciou ontem, 5 de maio, que a vacinação de adultos seria suspensa por falta de vacinas. Há lacunas de comunicação e distribuição de vacinas deixadas pela gestão anterior, segundo o ministério.
Precisamos restabelecer esses padrões de fluxo que ficam bastante confusos, disse Ethel. A missão ministerial é reiniciar esse diálogo com as unidades da federação, acrescentou.
Ela anunciou que está marcada para o próximo terceiro dia (10) uma reunião da Comissão Técnica de Avaliação para Imunização Contra a Covid-19 (Ctai), da qual participam representantes de estados e municípios. O objetivo é discutir a provável iminência de uma nova campanha de vacinação contra a CoVD-19.
A secretaria confirmou que também é possível que alguns estados recomendem uma quarta dose para o público em geral com menos de 30 anos e saudável, algo que será discutido na assembléia técnica. Completar as seringas vacinais de todos os adultos com pelo menos uma dose de reforço, no entanto, deve ser a primeira prioridade.
Ethel destacou que a ciência de hoje vê a administração de pelo menos três doses como melhor para a eficácia das vacinas. Explicou que a percentagem de pessoas com esta forma de vacinação não chega a 50% da população- alvo, sendo necessária a aplicação da terceira dose a pelo menos 100 milhões de pessoas.
Nova variante
Em relação ao primeiro caso da variante XBB.15 no Brasil, identificado em São Paulo, a secretária destacou que esse é um fator que leva o Ministério da Saúde a considerar a antecipação de uma nova campanha de vacinação, e que a prioridade no momento será completar o esquema vacinal de adultos.
“Recebemos a informação de que a variante está circulando e a amostra é de novembro. Vamos discutir com a Câmara Técnica. O que temos sobre a nova variante é a alta transmissibilidade e queremos retomar esses esquemas vacinais com pessoas com dose em atraso”, finalizou.
Fonte: Agência Brasil
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